Presidente do Supremo diz ser alvo de um “linchamento” político por causa da “Cervejeira Rosema”

São-Tomé, 22 Abr 2025 ( STP-Press) – O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Silva Cravid disse hoje ser alvo de um processo de linchamento movido por um grupo políticos com finalidade de o afastar do cargo por causa de um pedido sobre a cervejeira Rosema que deu entrada, há pouco mais de um mês, nesse tribunal.

Em conferência de imprensa hoje face as denuncias, segundo, as quais, estaria envolvido num caso de abuso sexual de menor, Silva Cravid disse que “tudo isto tem origem num documento que entrou no Conselho Superior, que é um requerimento da Redux, pedindo que se nova processo disciplinar contra alguns juízes do Tribunal Constitucional por terem usurpado os poderes do Tribunal Judicial, tirando a cervejeira de quem o detinha para um outro grupo são-tomense”.

“A partir do momento que deu entrada este documento, foi dia 03 de Março, partir daí iniciou o processo de linchamento de Silva Cravid … e, então transportaram tudo isto para o fórum político” – acrescentou o Presidente do Supremo.

Quanto a um alagado projecto de resolução de um grupo parlamentar visando a sua destituição, Silva Cravid sustentou que “no nosso ordenamento jurídico, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça nunca pode ser destituído porque não existe esta figura jurídica, essa figura jurídica é inexistente, se é inexistente não se pode aplicá-la”.

Relativamente a denúncia de envolvimento com uma menor, Silva Cravid disse que “ninguém quer saber da presunção da inocência, mesmo que havia da parte da pseudovítima a hipótese de falar, ela disse que é mentira, mas, mesmo assim não quiseram saber.

Silva Cravid sublinhou que “eu nunca, em toda minha vida, meti-me com menores. É um dos princípios meus, que eu tenho sempre presente, nunca meter-me com menores de idade nem no País nem no estrageiros”.

Durante conferência de imprensa, Silva Cravid teceu duras críticas ao correspondente da RDP-África na capital são-tomense, o jornalista-autor da reportagem da denúncia, alegando tratar-se de um trabalho de encomenda política “usando declarações de uma pessoa no estado ébrio” com finalidade de lhe “linchar profissionalmente”.

Tendo confirmado o seu autoafastamento da Presidência do Supremo Tribunal de Justiça, Silva Cravid disse que “eu já não pretendo continuar, naturalmente, como juiz, suspendi o exercício da minha judicatura enquanto Presidente do Supremo e, também pedi a minha jubilação”.

Fim/RN

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